quinta-feira, 24 de abril de 2008

Qual Liberdade?


Não podiam falar! Tudo era crime, tudo era tortura!

Mas falavam!

Faziam-lhes os corpos em frangalhos...

E falavam!

Tentavam amordaçar-lhes as vozes,

e não paravam de falar!

Revolucionaram!

Conseguiram-nos a liberdade!!

Podemos falar, podemos ouvir, podemos ir ou ficar, ou ir e ficar, chegamos onde queremos!

SOMOS LIVRES!

E o que fazemos com a liberdade?

Seguimos no nosso carreirinho, como formigas. Vestimos camisolas de guerrilheiros do ontem, com fotografias de rostos que fizeram história! E hoje, e o nosso rosto, e a minha história?

E vivemos em permanente revolução, eu vivo, sei que tu também! Uma revolução interna, de saber que nada está bem! E deixamo-nos corroer e corromper pela revolução que vive dentro de nós, e somos inércia, quem quiser que faça, cada um por si!

Não era isto, pois não?... Independência não é liberdade, pois não?...

Não quero a independência!!! Quero ser LIVRE!!! Quero ser feliz!!!

Chega de revoluções que ninguém ouve!

Viva a MANIFESTAÇÃO!





4 comentários:

Peeripapo disse...

É um estado de espírito. Ser capaz de reconhecer que temos sempre a capacidade de optar independentemente das condições. Podemos ou não aceitar, reclamar, opinar, sejam quais forem as consequências. Não existem certidões de liberdade nem taças para o mais livre.

Ser livre é reconhecer a opção de fazer, quer se faça ou não.

Nortada disse...

Boas peeripapo, é uma manifestação, só, não passa de uma auto-critica manifestada!
Volta sempre!

Anónimo disse...

"A policia de outros tempos gravou na história da folha as datas mais "mimoraveis" da "chinfralhada e da trolha"...era a época das peras, eram peras nos "comissios" a falar ao desafio eram pras á saída eram peras na "russio" que peras que a gente dava no lombo daquelas feras que peras que eu "arraiava" isso é que era um tempo E PERAS...Ai meus filhos que "sodades" E em dias de grande gala a gente todos de azul tal e qual os "ginerais" de agulhetas e cordoes c´as luvas brancas calçadas p´nao deixarmos marcada as impressoes digitais nas trombas dos matuloes...aquilo "inte" dava gosto "home" com as fardas muito bem postas ver a gente a prefilar...o sol a bater na espada a espada a bater nas costas e as costas do cidadao a bater que nem pão nas predinhas da calçada...ai meus filhos..."

Pois é...um pequeno texto de Beatriz Costa que desde que ouvi, e ja lá vão uns anos, adorei e decorei. Para teres uma ideia este texto era lido de uma forma rapida de quem sabia, quando queria, ser ironica...o que no agora no nosso tempo égrande gozo ou tanga:)
A falta de virgulas é para dar a noçao e para imaginares como era dito tudo seguido (talvez tenha sido escrito por J.Saramago lol) e as aspas é para teres a noçao como ela as lia :)

Beijos e continua a escrever adorei os teus blogs;)

Raquel Gousson

António Castro disse...

Eu gostava mais de ser de novo criança. Quando era criança era livre, agora mantenho-me preso ao que sou... sem conseguir voar, sem conseguir ser livre.