quarta-feira, 9 de abril de 2008

A caixa das coisas boas


Não há medos!

Não tive medo de me deixar levar pelo vento, de lhe sorver os aromas, de o deixar tocar-me a pele com a mesma intensidade com que me tocava a alma...

Não tenho medo de te ver partir, o que deixaste comigo não se perde. O que ficou de mim em ti é infinito. O aroma que ficou de nós é persistentemente subtil, enche-me a casa de memórias e o corpo de sentidos.

Mas a vida, pelo menos a minha, não é feita de amarras, nem de prisões, nem de correntes!

Deixei a janela aberta, para que possas regressar e voltar a fazer esvoaçar as cortinas numa colorida dança de liberdade!

Até lá, e para que a ansia da espera não me arranque as palavras dos dedos, vou guardar-te na caixa das coisas boas, aquela onde há muitos anos não entrava ninguém!

Nunca perdemos ninguém, porque ninguém nos pertence... mas as memórias, quando todas juntas, têm um nome - o meu!



1 comentário:

António Castro disse...

Já vi a tua mensagem para mim.

era só isso, para saberes que já vi.
Estou com uma dor de cabeça do tamanho do mundo. :(